O país registou, nas últimas 24 horas, uma subida galopante de casos de infecção pelo novo coronavírus, com o registo de 53 testes positivos, elevando para 307 o cumulativo de doentes. Deste total, 281 são de transmissão local e 26 importados.

A informação foi tornada pública esta tarde (02.06) pela directora nacional de Saúde Pública no Ministério da Saúde, Rosa Marlene, na Conferência de Imprensa de actualização de dados sobre a COVID-19, onde igualmente foi avançado o registo de mais um caso totalmente recuperado da doença.

Entretanto, segundo Marlene “dos 53 novos casos registados, a província de Nampula é que contribui com o maior número de infectados, com 47, seguida de Maputo com 5 e, por último a província de Cabo Delgado com um”.

A responsável de Saúde Pública referiu ainda que os novos casos são de nacionalidade moçambicana, sendo que 36 apresentam sintomatologia leve a moderada e 17 são assintomáticos.

Refira-se que nas últimas 24 horas foram testadas 269 amostras no Laboratório do Instituto Nacional de Saúde, em Marracuene, e são resultado da investigação de contactos de casos positivos nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Cidade de Maputo, e da vigilância activa nas Unidades Sanitárias.

Importa frisar que neste momento o país conta com um total de 307 casos positivos, dos quais 98 estão recuperados, dois óbitos e um internado.

 

Informação detalhada no comunicado em anexo.

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A rápida evolução do número de casos positivos de infecção pelo novo coronavírus nos últimos dias coloca Moçambique na iminência de transitar do actual padrão de focos de transmissão para comunitária da pandemia da Covid-19, segundo informação apresentada este domingo pelo Director-geral do Instituto Nacional de Saúde, Ilesh Jani.

Na última semana epidemiológica, o país registou 76 novos casos da doença, um número recorde em relação ao último máximo já alcançado desde o início da enfermidade, que foi de 42 casos. Em termos de meses, Maio teve quase o triplo dos casos de Abril, com 178 e 68 positivos respectivamente.

Fazendo a habitual análise da semana epidemiológica, que se tem realizado aos domingos, na Conferência de Imprensa de actualização de dados da COVID-9, o responsável indicou que o país tem um tempo de duplicação de casos de 15 dias, muito maior que o do mundo, que é de 33 dias. Este facto, segundo a fonte, pode dever-se ao facto de ter países vizinhos com transmissão comunitária já muito tempo e com tempo de duplicação de casos de 2 e 3 dias, como é o caso dos vizinhos Malawi e Zimbabwe, que tiveram um aumento substancial de casos nos últimos dias.