Com a taxa de positividade das pessoas testadas a aumentar substancialmente nas últimas semanas, indicando um aumento da intensidade da transmissão do vírus, Moçambique, de acordo  com o Ministério da Saúde (MISAU), testou nas últimas 24 horas, 1.016 amostras suspeitas de contaminação com o novo Coronavírus (734 foram testadas em laboratórios do sector público e 282 do sector privado).

Dos novos casos suspeitos testados, 971 foram negativos e 45 positivos para Covid-19. Segundo o MISAU este é o número mais baixo de casos novos registados nas últimas duas semanas.

Os quarenta e cinco (45) casos novos hoje reportados são indivíduos de nacionalidade moçambicana; quarenta e quatro (44) casos são de transmissão local e um (1) importado.
Todos encontram-se em isolamento domiciliar, estando em curso o mapeamento dos seus contactos.

Dos 45 casos novos, vinte e cinco (55.6%) são do sexo masculino e vinte (44.4%) feminino.

A iniciativa governamental, liderada pelo Ministério da Saúde (MISAU), lançada na Sexta-feira, 20 de Agosto, no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, tem como visão “Um Moçambique livre da transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B”, até 2024.

De acordo com o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, o plano é apresentado numa altura em que o país concorre para alcançar os propósitos previstos no Nível Bronze da Organização Mundial da Saúde (OMS) relativamente à eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis, que tem como metas, atingir as coberturas de consulta Pré-natal, testagem de HIV e Sífilis na mulher grávida, de Tratamento Anti-retroviral na mulher grávida, de tratamento da Sífilis na mulher grávida, maiores ou iguais a 90%.

Com este Plano, Moçambique prevê, até 2024, reduzir a taxa de transmissão Vertical do HIV para menos de 5%; reduzir a incidência de novas infecções pediátricas pelo HIV devido à Transmissão Vertical para menos de 750 casos por 100.000 nascimentos vivos; reduzir a incidência da Sífilis Congénita para menos de 750 casos por 100.000 nascimentos vivos; e reduzir a prevalência do Antígeno de Superfície de Hepatite-B em crianças de 5 anos para menos de 0,5%.

Armindo Tiago frisou que para a garantir o alcance das metas e dos objectivos estabelecidos neste plano, "será indispensável a confluência de sinergias através de programas de prevenção, envolvimento comunitário, logística de bens e produtos, provisão de serviços, vigilância e monitoria e avaliação com envolvimento do governo e dos nossos parceiros de cooperação".